sexta-feira, 19 de outubro de 2007


QUANDO MUITO


Quando muito se pensou em roubar
O dono da casa acordou

Quando muito se pensou em matar
O revólver bateu catolé

Quando muito se pensou em fugir
Cortaram-se as pernas

Quando muito se pensou em voar
Trancafiaram-me numa gaiola

A liberdade acabou

A rotina o consumiu
Aquele homem se casou.

2 comentários:

MAO // disse...

Muito boa, poeta!

Deíla disse...

Poesia bem ironica!!!

Eu gosto tb de uma neste estilo, mas bem antiga (sec. XVIII) e se chama CASAMENTO, do poeta ingles Butler. E assim:

"O homem casado e quase um morto e o prova
Indo pra cama como quem fosse pra cova"

Nao e engracada? :)
Segue o texto original em ingles:
"A married man comes nearest to the dead,
And to be buried, ´s but to go to bed. "
Adorei o seu blog!!!

Beijos

Deila