sexta-feira, 19 de outubro de 2007


Fransino Amedrontado

Saudade que vai e vem
Bate os pé que nem preá
Homi que num tem vintém
Num pode e deve se afoitar
Pra conquistar linda donzela
Que todo dia por ali espiava
Descendo a rua da manivela
Que era donde a donzela morava

Mas se pau d´arco bota fulô
Jabuti come de baixo
O miserento se afoitô
E desceu manivela abaixo
Foi enamorar a mocinha
Desfiando seu patriarca
Numa ligereza de ventuinha
Carregando nos braço uma arca

Defronte a casa de número 33
Abrindo cancela do portão miúdo
Bateu palma umas três vêiz
Saindo lá de dentro um cabra cisudo
De fala ruidosa e bigode grosso increspado
O danado com arca na mão tremendo calado
Com o cabra dizendo: o quê que era seu abestado
Ele respondendo: Nera nada não. E saiu de lá zilado

Um comentário:

Ana Átman disse...

Ai, que pecado... rsrsr