sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Quem eu sou


As pessoas me pergutam quem eu sou. às vezes nem eu mesmo sei responder quem sou, mas tento descobrir, sabendo que é difícil.
Ja me intitularam de "lobo-boi-d´água trancedental". Também não sei o que quer dizer. Acho que sou uma mistura, um coquetel feito pelos sabores da cultura popular nordestina e pela poesia popular brasileira.
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Homenagem a Carlinhos Veloz, Grande Cantor e Compositor

A este camarada, cantador que já rodou por Imperatriz (cidade que morei também) e canta as belezas do Maranhão, presto esta homenagem ás suas músicas. Grande abraço Carlinhos.

Universalidade Veloz (soneto)

Salve o canto brejeiro apaixonado
A música encantada por um beijo à flor
Vazante da imensidão do ser calado
Buscando solene o prisma do amor

Na terra, brada o urro altivo gentil
À cidade de tela linda, bela, ilhada
Ao rio imperador de água corrente, ardil
Cantarola o maracá na passarada

E na areia rindo, o amor universal
Sereia... Filha de olhos estrelados
No claro da escuridão celestial


O amor, farol apontando luz no mar
Despede-se aos recifes angustiados
E em novembro novamente viajar

Semião Julio Neto (21/09/2007)

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

21° POEMARÀ - Festival Maranhense de Poesia



Como nosso primeiro post aqui, vai a nossa participação no 21° POEMARÁ, ao qual tive minha poesia Identidade classificada para a Grande Final.


Segue abaixo para vocês poderem apeciar ou criticar....


IDENTIDADE

Minha identidade
Não tem numeração
Não tem data de nascimento
Nem a digital do dedão

Minha identidade
É calçada no chão
De terra dura e batida
Desde menino seguindo a lida
Nas ruas tortas do sertão

Minha identidade é brejeira
De sabença amatutada
Onde aos pés da ingazeira
Faço versos de poesia falada

Minha identidade é revoltada
Com a política dos tempos atuais
Desses poderes governamentais
Que não se dão o respeito
Mas tão sempre atrás da gente
Para conquistar o seu pleito

Minha identidade é arredia
De não se curvar pra qualquer um
Não voto mais em infeliz nenhum
Quem vem com estrambólicos dizeres
Pra satisfazer seu quereres

Mas minha identidade
Também é pura alegria
Por esta terra abençoada
Que por Gonçalves Dias
Foi há tempos declamada

Minha identidade é do litoral
Da baixada, dos cocais
Dos lençóis, parque nacional
Dunas, rios e coisas tais

Minha identidade
Tá na Chapada das Mesas
Nas paisagens do cerrado
E suas belas cachoeiras
Na passarada revoando
Na beira dos rios cantando

Minha identidade
É cantada no bumba-boi
Na matraca e no pandeirão
No tambor-de-crioula pra "imbigá"
E na saliênça do Cacuriá

Minha identidade é apaixonada
De dançar reggae no espaço
Acariciado em outros braços
Te tardinha vendo o sol se por
Beijando a vida na Ilha do Amor

Minha identidade
É de cidadão ludovicense
Nascido no interior
Humilde e respeitador
Ser um poeta maranhense